Embora menos comum, a paralisia facial em crianças é alvo de diversas pesquisas e pode surgir a qualquer momento, sem que haja um motivo aparente.
Mas, com a orientação profissional correta e os devidos cuidados, é possível reverter o quadro totalmente.
Neste texto, vamos mostrar as principais causas do problema, assim como os tipos conhecidos e quais são os profissionais que podem fazer o diagnóstico e indicar o melhor tratamento. Acompanhe!
O que é a paralisia facial em crianças?
A paralisia facial em crianças é caracterizada pela perda dos movimentos de um ou mais músculos da face.
O problema pode atingir um ou os dois lados do rosto, mas é mais comum que só um lado da face seja prejudicada.
A paralisia facial ocorre quando o nervo facial sofre alguma lesão ou inflamação que prejudique a transmissão dos sinais nervosos.
A gravidade e extensão do problema vai variar de caso a caso. É possível que a paralisia atinja a bochecha, os lábios, o nariz, os olhos ou toda a musculatura facial.
Quais os sintomas da paralisia facial em crianças?
Quando se trata de recém-nascidos, pode ser mais difícil identificar os sintomas, sendo necessário a ajuda de um profissional atento.
Quando a criança consegue se comunicar, é possível que ela perceba e relate o problema. De qualquer forma, os sinais mais comuns são:
- Boca torta
- Dificuldade em fazer movimentos simples, como piscar
- Dor perto da orelha
- Produção irregular de saliva e lágrimas
- Perda do paladar em alguma parte da língua
O que pode causar paralisia facial em crianças?
Assim como nos adultos, a paralisia facial em crianças pode não ter uma causa definida. Nesses casos, é chamada de paralisia de Bell, sendo o tipo mais comum. Porém, há outras causas possíveis:
- Herpes Zóster: é causada pelo vírus da catapora que, mesmo após a cura da doença, fica incubado e volta a se manifestar em algum momento, causando um tipo de paralisia facial chamada de síndrome de Ramsay Hunt.
- Outros vírus: a paralisia facial em crianças também pode ser desencadeada por outras infecções virais, como a rubéola.
- Tumores benignos e alterações bruscas de temperatura também estão entre as possíveis causas.
Paralisia facial congênita
É importante ressaltar que a paralisia facial em crianças pode ser congênita. Nesses casos, a criança nasce com o problema.
A situação é classificada como rara e pode se originar devido a alguns fatores:
- Trauma no canal do parto que faz com que uma pressão seja exercida no nervo facial. Isso pode ocorrer caso o bebê seja muito grande, sua cabeça esteja em uma posição ruim, dentre outras situações.
- Problemas no desenvolvimento do nervo facial e na própria musculatura do rosto também podem causar a paralisia congênita
- Síndrome de Moebius
- Paralisia parcial do lábio inferior (Síndrome CULLP)
- Síndrome CHARGE
- Microssomia Hemifacial
A criança que nasce com paralisia facial precisa de ajuda constante na hora de se alimentar. Além disso, é necessário um estudo completo do caso, na tentativa de determinar a causa real e receitar o melhor tratamento.
Quais os tipos de paralisia facial em crianças?
É comum que a paralisia facial em crianças seja classificada em 2 grandes grupos: congênita e adquirida.
Como mencionamos, a paralisia congênita é aquela que atinge a criança desde o seu nascimento.
Já a adquirida pode se manifestar em qualquer fase da infância e ter um início súbito.
Como diagnosticar a paralisia facial em crianças?
Para fazer o diagnóstico, o profissional responsável, que pode ser um otorrinolaringologista, precisa recorrer à anamnese e exame físico completo, a fim de classificar o grau do problema de acordo com a escala House-Brackmann.
Em recém-nascidos, é essencial uma observação atenta das linhas faciais, principalmente durante o choro. Dependendo do caso, o médico pode pedir uma avaliação audiométrica e um hemograma.
Já nos casos em que não há melhora no quadro após 3 semanas, há a necessidade de realizar exames de imagem e laboratoriais na tentativa de estabelecer as causas do problema.
Como tratar a paralisia facial infantil?
Muitas vezes, a paralisia facial está associada à baixa imunidade e o tratamento indicado envolve três itens:
- Vitamina B
- Medicamentos
- Fisioterapia
Assim, a fisioterapeuta de paralisia facial tem um papel importante na recuperação do paciente, sendo responsável por passar os exercícios corretos para a motricidade e orientar para que sejam feitos de forma sutil e sem exageros, por se tratar de uma musculatura muito delicada.
Mas, é importante lembrar que só profissionais qualificados serão capazes de prescrever o tratamento correto, pois haverá variações dependendo do caso.
Em situações mais graves em que não houve uma melhora com os métodos citados, ainda há a possibilidade da realização de uma cirurgia para aliviar a pressão sobre o nervo facial, como também fazer a reinervação com anastomose de outro nervo.
Porém, o mais comum é que o problema se resolva com o tratamento clínico, já que o prognóstico de recuperação da paralisia facial em crianças é mais favorável do que em adultos.