Algumas condições médicas, seja no âmbito físico ou mental, costumam causar confusão na mente dos leigos do assunto.

Nestes casos, existem semelhanças que fazem uma doença ou transtorno se parecer muito com a outra, como é o caso de alguns cânceres e processos inflamatórios, por exemplo.

Entre os transtornos que afetam o desenvolvimento mental, não é diferente. Essa associação acontece muito entre o Autismo e a Síndrome de Asperger.

Mas, qual a diferença entre Autismo e Síndrome de Asperger?

A resposta para essa pergunta pode surpreender muitas pessoas.

Entenda o TEA (Transtorno do Espectro Autista)

O TEA (Transtorno do Espectro Autista), é classificado pelas autoridades competentes como um distúrbio de neurodesenvolvimento.

Essa condição pode ser observada em crianças a partir de 2 anos de idade e é prevalente em bebês do sexo masculino.

Não se sabe ao certo as causas do Transtorno do Espectro Autista, mas muito provavelmente o seu surgimento é ocasionado por uma junção entre fatores genéticos e químicos, e fatores ambientais.

Crianças que são diagnosticadas com o TEA em algum nível, geralmente apresentam dificuldades em aprender até mesmo conceitos básicos da vida humana, como a fala, por exemplo.

Há também um comportamento incomum nesses indivíduos. Ora eles podem estar eufóricos e inquietos mais que o normal, ora podem estar apáticos e antissociais.

Se não for diagnosticado e tratado corretamente, o distúrbio pode evoluir e ganhar outros contornos mais graves.

A criança com TEA pode crescer e tornar-se um adulto com problemas de cognição, aprendizado, comunicação e comportamento. 

Porém, como citamos logo acima, existem níveis e graus dentro do escopo do TEA. Conheça dois dos mais comuns logo abaixo!

O que é a Síndrome de Asperger?

A Síndrome de Asperger, ou Autismo de 1º grau, como também é chamado, é um dos mais brandos níveis do TEA.

Crianças diagnosticadas com essa condição demonstram basicamente os mesmos sintomas do autismo “convencional”, porém de forma mais leve.

Há exatamente o mesmo quadro de desatenção, dificuldades em falar, padrões de comportamento repetitivos e outros, mas isso não é tão perceptível.

Por um lado o fato de pacientes com Asperger não apresentarem grandes alterações é bom, mas por outro, é motivo para preocupação.

Afinal, esses sintomas, que merecem atenção igualmente, podem acabar passando despercebidos aos olhos dos responsáveis pela criança.

Ainda não se sabe ao certo, mas provavelmente é possível que a Síndrome de Asperger possa evoluir para graus de autismo mais elevados, se não for tratada corretamente.

E o autismo, o que é?

Muitas pessoas que querem saber qual a diferença entre autismo e Síndrome de Asperger se confundem quando descobrem o que de fato é o autismo.

Acontece que o autismo conhecido popularmente é, assim como a Síndrome de Asperger, um dos níveis do TEA.

Contudo, o autismo “convencional” é apenas a manifestação dos graus 2 e 3 do Transtorno do Espectro Autista.

Esses graus são os mais observados em crianças diagnosticadas com TEA, justificando o “apelido”.

Diferente do que acontece nos pacientes com Asperger, indivíduos acometidos pelo autismo comum apresentam sinais mais evidentes do transtorno.

Esses fatos só reforçam a necessidade de um diagnóstico precoce e um acompanhamento mais detalhado.

Um bom acompanhamento pode trazer qualidade de vida e até mesmo a regressão dos níveis do TEA em alguns indivíduos.

Por outro lado, se não for acompanhada corretamente, a criança autista pode sofrer pelo resto da vida.

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Existe realmente alguma diferença entre Autismo e Síndrome de Asperger?

Se você chegou a este artigo se perguntando isso, talvez já tenha uma resposta.

Essas duas condições fazem parte de um mesmo transtorno, mas em graus diferentes.

O Transtorno do Espectro Autista “começa” na Síndrome de Asperger e pode até mesmo evoluir para o autismo mais conhecido.

Contudo, a maioria dos pacientes de Asperger permanecem com o transtorno por toda a vida e isso não os afeta em nada.

Enquanto isso, muitas crianças diagnosticadas com autismo de graus 2, 3 e outros, podem ser acompanhadas e tratadas e terem o grau do TEA regredido.

Como e por quem são feitos diagnóstico e tratamentos para o TEA?

Se o responsável pela criança notar algum sintoma de TEA no bebê, o primeiro profissional a ser visitado é um pediatra.

Em seguida, um neurologista pediátrico e/ou um psiquiatra pediátrico precisam ser consultados.

Esses profissionais irão examinar a criança para determinar se ela tem ou não o Transtorno do Espectro Autista.

Os testes consistem em diversos métodos de avaliação psicológica feitos na criança.

Vale ressaltar que apenas um diagnóstico clínico é capaz de determinar se o indivíduo possui ou não o transtorno. É impossível determinar com base apenas na observação.

A partir do diagnóstico e da identificação do grau do possível TEA, os tratamentos e o acompanhamento podem ser iniciados.

O amor é o melhor tratamento!

Para além de entender qual a diferença entre autismo e Síndrome de Asperger, é dever de toda a sociedade acolher indivíduos diagnosticados com TEA.

O amor, a atenção e a inclusão dessas pessoas são o fiel da balança para assegurar a sua qualidade de vida.